domingo, 4 de outubro de 2015

A dura vida nos engenhos do Brasil colonial.

A difícil vida dos escravos que vinham trabalhar no Brasil já era terrível durante a viagem de travessia do Atlântico. A travessia do "Atlântico Negro" durava mais de dois meses. Espremidos nos porões dos navios negreiros os, milhares de homens, mulheres e crianças suportavam calor, sede, fome, sujeira, ataques de ratos e piolhos, surtos de sarampo ou escorbuto. Amontoados nos porões,durante o percurso eles tinham de permanecer sentados, acorrentados uns aos outros e com a cabeça inclinada. Muitos não resistiam, e acabavam jogados ao mar. A chegada ao Brasil significava o fim de uma longa jornada de horror. No entanto, era apenas o início de outras tantas atrocidades que o escravo ainda teria de enfrentar. Chegando à colônia os sobreviventes, eram encaminhados para grandes armazéns, onde seriam negociados. Eram eles que realizavam quase todo o trabalho: na lavoura, nas casas, na exploração mineira, nos serviços urbanos, no transporte de pessoas e mercadorias. Trabalhavam até o limite máximo de suas forças. Nos engenhos, por exemplo, a jornada diária de trabalho durava de 14 a 17 horas, sob a vigilância dos feitores, que tinham ordens de castigar os "preguiçosos". Os castigos, aplicados em público para servir de exemplo aos demais, eram cruéis: açoite, amputação, palmatória, tronco, máscara e coleira de ferro, correntes com peso. Considerava-se o castigo físico um direito e um dever dos senhores. Os escravos das cidades tinham maior liberdade de movimento e muitos trabalhavam sem a restrita vigilância dos senhores. Havia senhores que cediam em aluguer seus escravos a outras pessoas, como uma fonte de riqueza importante, pois exerciam ofícios recebendo uma remuneração que revertia para seus donos. Estes escravos conseguiam às vezes guardar parte dos rendimentos que recebiam e assim, após décadas de poupança, foi possível a alguns comprar a sua liberdade. Alguns escravos libertos, adquiriram escravos para si. Os escravos reagiram de diversas formas à escravidão: com vinganças contra os feitores, sabotagens, revoltas e fugas. O escravo capturado era marcado com ferro em brasa, no peito ou na testa, com a letra F (fujão); ou, então, amputava-se alguma parte de seu corpo - a orelha ou o pé, por exemplo. Mas havia também os que conseguiam fugir e formar quilombos. O maior deles foi o Quilombo dos Palmares. (adapt). Os cinco maiores castigos dados aos escravos. "http://historiamaneco.blogspot.pt/2010/09/dura-vida-nos-engenhos.html

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